quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Oração


Trecho do texto de N. T. Wright:
Integridade e Integração: Amando a Deus com Coração, Mente, Alma e Força 
(Disponível em http://ntwrightpage.com/port/Integridade.pdf)

Algumas vezes, quando falo sobre oração, eu tenho a impressão de que para muitos cristãos isto é chato: todos sabemos que devemos orar, que deveríamos orar mais, mas nós todos acabamos por fazer de nossas maneiras tradicionais de orar mais uma obrigação do que um prazer.

Bem, a boa notícia é que há mais na oração do que frequentemente percebe o olho, incluindo olhos cristãos, e parte do mandamento de amar a Deus com coração, mente, alma e força é descobrir diferentes formas de nos abrirmos em amor e gratidão, em louvor e súplica, diante do Deus que nos ama e nos chama para amá-lo.

A tradição beneditina fala de trabalho como um tipo de oração, e meu testemunho como um acadêmico cristão é que de fato isto pode se tornar realidade.

Muitos artistas e músicos falam de seu trabalho como um modo de oração, e certamente seu efeito sobre nós indica que algo assim deve ser verdade.

Não conheço muitos políticos que falam de seu trabalho desta forma e talvez isso seja parte do problema que nós enfrentamos hoje.

O que eu sei é que a vida de oração é maior, mais rica, mais exigente e mais prazerosa do que a maioria de nós jamais sonhou, e que em sua essência é apenas isto, o chamado para amar a Deus com o nosso ser inteiro, transformando-o em palavras em horas formais de oração, deixando-o descansar no silêncio da contemplação, e colocando-o para trabalhar em nossos vários chamados.

E será assim ao nos dedicarmos à oração, sozinhos e em público, em ocasiões formais e informais, em breves momentos e em horas contínuas, que nós descobriremos o que Jesus quis dizer com amar a Deus com nosso ser inteiro, e iremos além dos sacrifícios e ofertas da cultura ocidental contemporânea para o novo mundo que Deus quer que nós criemos com ele e sob sua direção.


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