terça-feira, 26 de abril de 2016

Ascenção e evangelismo


Texto do livro: For All God's Worth.

Uma das últimas coisas que Jesus disse para seus seguidores foi isso: em seu nome “arrependimento e perdão de pecados deveria ser pregado a todas as nações, começando de Jerusalém” (Lucas 24.47).

Agora, ouça: nós temos trivializado essa mensagem. Nós a temos reduzidos em escala, a fim de torna-la suportável.

Nós temos pensado que ela quer dizer, simplesmente, que eu deveria me arrepender de meus pecados e você dos seus, e que Deus nos perdoaria.

É claro, ela significa isso e, sem isso, não existe evangelho pessoal.

Mas ela quer dizer mais, muito mais.

Qual, então, é o anúncio que a igreja deve fazer ao mundo?

Não é, simplesmente, que todo indivíduo é pecador e necessita se arrepender, por mais verdadeiro que isso seja.

A igreja deve anunciar que o jeito que o mundo vive está desconectado com o jeito que Deus pretendia que vivesse; e que Deus, em Cristo, está estabelecendo um jeito diferente de viver, um jeito que é caracterizado, em todos os níveis, pelo perdão.

Quando as pessoas vislumbram o perdão de Deus em Cristo, elas são livres da necessidade de defender sua honra e agredir quem as ameaça.

Perdão é a mais poderosa coisa no mundo, porque ele é o dom que o Senhor ascendido aos Céus concedeu, não apenas para sua igreja, mas também para o seu mundo corrompido.

O Cristo ressurreto disse: estava escrito que o Messias deveria sofrer e ressuscitar novamente; e que, como Senhor do mundo, ele enviaria seus arautos para anunciar ao mundo que existe um jeito diferente de viver, um jeito diferente de ser humano, um jeito caracterizado pelo perdão (v.46 e 47).

Esse é o sentido do Senhor (que ascendeu aos Céus) confiar a sua igreja a tarefa de evangelismo.

Evangelismo não é uma questão simplesmente de levar indivíduos a adquirirem fé pessoal, embora, é claro, isso permaneça central para o empreendimento como um todo.

Mas, evangelismo é uma questão de confrontar o mundo com a boa, embora profundamente perturbadora, nova, a qual aponta um jeito diferente de viver: o jeito do amor e do perdão de Deus.


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