Seguindo Jesus, p. 63-64
A igreja deve se tornar para o mundo aquilo que Jesus foi
quando esteve aqui. Isso é o que discipulado – seguir a Cristo – realmente significa.
Isso pode significar, por exemplo, ter a porta de sua igreja
chutada, pelo fato de ter permanecido firme na luta pelos direitos dos negros
em sua cidade (como aconteceu com um pastor na cidade de Walsall, Inglaterra).
Ou, então, pode significar permanecer diante de uma multidão, correndo risco de
morrer, para dizer às pessoas que a violência não é a solução para nossos
problemas (como fez Desmond Tutu, na África).
Isso significa uma igreja afetada pela recessão de seu país
e encontrar outras formas de adorar a Deus, mesmo perdendo boa parte de suas
finanças.
Significa encontrar uma forma de servir a comunidade, ajudando-a a
lidar com sua dor e sofrimento, das mais diversas formas possíveis.
Significa
ser apto a dizer “não” a determinadas práticas, ainda que consideradas normais
em diversos lugares.
O que, então, a igreja no Brasil precisa fazer para abraçar essa
visão de seguir a Jesus?
Anseio por ver o dia no qual as pessoas se posicionarão
diante do governo exigindo melhoras educacionais, lutando por questões políticas,
pelos problemas que nos assolam, bem como ao resto do mundo.
Anseio ver a
igreja se posicionando contra o aborto, contra o sensacionalismo que a mídia
faz com a desgraça alheia.
Isso tudo, todavia, precisa ser feito da forma correta.
Vivemos em um mundo onde cristãos projetam sua insegurança no mundo e dizem que, com isso, estão pregando o evangelho.
Precisamos – e sei
que isso pode assustar – de cristãos que façam pelo mundo o que Jesus fez por
ele.
A igreja precisa se preparar para se posicionar num lugar
que não seja o da visão guerreira e facciosa, nem o do pacifismo covarde.
A
igreja precisa se preparar para agir, simbolicamente, como Jesus, a fim de mostrar
ao mundo que há uma forma diferente de se viver.
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